quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Dados Estatísticos da E.M. Professora Maria Jose De Oliveira.

Nas últimas aulas discutimos bastante sobre reprovação. Um dado importante do qual tomamos conhecimento é que os maiores índices de reprovação acontecem no 3ºano do ciclo e no 5ºano.


Analisamos em grupo os índices de aprovação, reprovação e abandono de uma escola pública. Meu grupo foi composto por Jéssica Vasconcelos e Taynná Barcellos.
Nós escolhemos  a E.M. Professora Maria José De Oliveira, que fica em Duque de Caxias no  1º distrito - RJ.

Seguem os dados abaixo:












Dados retirados do site www.qedu.org.br Analisando os gráficos, verificamos um avanço considerável na proficiência dos alunos e na nota do Ideb. Mas mesmo esses avanços não foram o suficiente para conter a distorção idade-série.

Entrevista com uma professora da rede pública.

Entrevistamos uma professora da rede pública sobre como é a realidade dela ao lidar com alunos que já passaram ou passam pela reprovação.
Nós entrevistamos uma colega nossa de faculdade que é atuante na rede.


  •  Como as Crianças se sentem/agem após descobrirem que ficaram reprovadas?

R: Elas não ligam ! Eles falam assim com uma naturalidade "ficar reprovado?" e fazem assim ( chacoalhando os ombros com ar de desdém)


  •  Qual a sua maior dificuldade?

A maior dificuldade é que até o terceiro ano eles são obrigados a serem aprovados e quando chega no terceiro ano elas são empurradas com a barriga. Aí quando chega no terceiro eles ficam retidos. Eles já vem com dificuldades do 1º e 2º anos e quando chegam no 3º eles não conseguem acompanhar e ficam retidos. Aí retém esses alunos por 2 anos, E passam essa criança sem ela saber e quando chega no 5º ano, lendo como eu falo "catando cavaco". Lendo silabado , eles não conseguem acompanhar o resto da turma, mas são aprovados pro 6º porque a idade deles não é mais compatível com o 5º.



  •  Qual a sua opinião como professora, a solução é reprovar?

 Eu acho que se ele não tem maturidade, nem condições para estar no 5 º ano ele não tem como ir pro 6º.  Se ele não sabe escrever , se na hora de produzir um texto ele não sabe  escrever " Dinheiro" , como ele vai passar para um 6º ano?
Eu tenho consciência de que isso não é um problema do 5º ano. isso começa lá na ed. infantil e vem se arrastando. É muito ruim você aprovar um aluno pro 6º ano que não tem condições, mas é muito ruim você aprovar um aluno com 16 anos? É uma situação muito complicada, porque eu sei q a dificuldade que esse aluno vai ter será muito maior. Só que também é complicado você reter esse aluno e ele  começar a faltar e  vai acabar abandonando a escola.

  •  Você acha que o número de defasagem por conta das reprovações é muito grande?

Sim, só na minha sala representa uns 25 a 30%  Mas isso acontece em todas as turmas. Tem alunos no terceiro ano que ta com 12/13 anos. E eu tenho alunos no 5º ano com 15/16 anos que já deveriam estar ensino médio. Isso (defasagem) a partir do 3º é natural.

  •  Você acha que o ciclo funciona?
 Eu , não sei. Quando você trabalha com um aluno desde o primeiro ano, você conhece a criança, a sua turma. Você sabe quem que precisa de mais atenção. Agora quando você trabalha com a criança um ano,vem outro professor até ele conseguir ganhar a turma ele já perdeu dois, três, quatro meses e um ano não dá! Um ano é pouco.

sábado, 29 de novembro de 2014

Reprovar ou Aprovar? Eis a questão!!

  A partir do texto lido, "Repetência: Um erro que se repete a cada ano" e da discussão em sala de aula, entendo que, nenhum professor (sério) comemore a reprovação de um aluno. Ninguém deve ser reprovado por causa de comportamento, mas sim por critérios bem definidos para que se avance nos estudos. E é ai que mora o problema.
  Nem sempre a escola tem os critérios bem definidos. A aula fica restrita a cópia do quadro e a resposta das atividades. A prova, quando é aplicada, reproduz o modelo exposto. Ou então, limita-se a repassar aos alunos uma lista de perguntas para que sejam respondidas de acordo com o modelo utilizado. Se um aluno não decorar o que se passou, fica com nota vermelha.
  A falta de conhecimento teórico-pedagógico em grande parte dos professores colabora com este quadro, mas, felizmente, nem sempre é a regra. Também existe a situação em que o professor tem ciência do seu dever, diversifica a metodologia das aulas, aplica diferentes tipos de avaliação e mesmo assim o aluno não consegue ir adiante, porque apresenta alguma dificuldade (aprendizagem – na aquisição do conhecimento) ou simplesmente porque não quer aprender.
  No caso da primeira hipótese, acredito que seja necessário um acompanhamento diversificado. Encaminhamento a um psicopedagogo já acho que seria um bom começo! De nada vai adiantar colocar um aluno com dificuldade de aprendizagem em uma sala de reforço com a mesma metodologia. Já na segunda hipótese, o aluno que não demonstra interesse pelo estudo, antes de tomar a decisão definitiva tentar de alguma forma saber o porquê desse aluno não ter interesse em ir para escola ou de estudar, pois o mesmo não obteve esse desinteresse a toa certo?
  A avaliação tem que ter um objetivo, um momento dialético no processo educacional visando o crescimento da autonomia. A avaliação não pode ser entendida como ponto final de um processo em que tudo poderá ter sido em vão. A questão não é uniformizar o comportamento, mas sim criar condições de aprendizagem e com isso evoluir na construção do conhecimento.
  Portanto, a aprovação ou reprovação após um ciclo qualquer tem quer ser meticulosamente repensado em função daquilo que se pretende avaliar no aluno. O que queremos saber? Suas competências e habilidades? Ou se ele é apenas bom ou ruim?
    Reprovar por reprovar não vai trazer benefícios nenhum, mas aprovar por aprovar também não. Uma coisa é importante dizer. O poder público deve acabar com a aprovação automática, e nós professores precisamos estudar mais, ter mais bases pedagógicas, orientações para podermos enfrentar mais um desafio que é: Aprovar ou reprovar?

Debate: Projeto Político Pedagógico.

 Na aula 05, lemos o texto "Projeto Político-Pedagógico da Escola: Uma construção coletiva", onde através dessa leitura, um debate na turma foi realizado com reflexões sobre.
Ilma Passos Veiga demonstrar neste estudo o entendimento do projeto político-pedagógico como a própria organização do trabalho pedagógico da escola como um todo.
Constantemente, o projeto político-pedagógico é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Nota-se aí um grande erro, já que este plano deve ser construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo dentro e fora da escola.
Todo projeto político-pedagógico é um projeto “político”, já que todo planejamento deve estar intimamente ligado aos compromissos sócio-políticos e com os interesses reais e coletivos da população. Deve também estar obrigatoriamente ligado com a formação de um indivíduo crítico voltado para uma sociedade cada vez mais articulada.
Somado a tudo isto, devemos salientar o plano como um “processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade, que não é descritiva ou constatativa, mas constituitiva”. Sua principal garantia de efetivação passa pela autonomia da escola, e a sua capacidade de identificar os vícios e virtudes da mesma. É a unidade escolar que detém o conhecimento relativo à vivência de seus membros. Não competindo aos órgãos tecnocratas a imposição de termos e essências não comuns às instituições.
A organização escolar deve ser pesada de “dentro para fora”. Para que isto ocorra, a escola deve utilizar sua equipe coletiva para a construção de seu projeto coletivo, rompendo assim, com o existente para avançar. É preciso entender o projeto político-pedagógico como uma reflexão do cotidiano escolar. Para tanto, precisa de um tempo razoável de reflexão/ação, com o intuito de se ter um mínimo necessário à consolidação de sua proposta.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Slide: Alfabetização e Letramento.

Segue em anexo o slide sobre o texto lido pelo grupo: Jéssica Vasconcelos, Taynná Barcellos e Thalyne Soares. O texto aborda a questão da alfabetização e do letramento, o significado distinto de ambos, porém um complementa o outro no momento da prática. Aborda também a questão da importancia do brincar aprendendo e dos generos textuais que auxiliam a criatividade do aluno.
Texto: Letramento e Alfabetização: Pensando a Prática Pedagógica .
Autores: Telma Ferraz Leal
               Eliana Borges Correia de Albuquerque
               Artur Gomes de Morais





Beijos!!!

Palestra: Alfabetização com Claudia Lino

     No dia 01 de outubro de 2014, a nossa turma teve a visita da professora e orientadora pedagógica do município de Duque de Caxias, Cláudia Lino, com o objetivo de oferecer uma palestra abordando um tema rico e importantíssimo para a nossa carreira profissional: a alfabetização.
Devido ao tema ser extenso, a palestrante apontou os pontos principais como a rotina escolar, a importância da leitura compartilhada todos os dias, comentou sobre o PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa), projeto que o governo oferece nas escolas da rede pública no qual ela participa. Cita também a importância da família na vida educacional da criança, um cuidado que sabemos que anda escasso na sociedade em que vivemos.
      A experiência profissional da Cláudia está ligada ás escolas da rede pública, pois ela trabalha na área á 21 anos. Confesso que me senti perdida e com mais dúvidas que antes, pois trabalho em uma escola particular no centro de Duque de Caxias á 3 anos e que é uma realidade totalmente diferente da que a palestrante nos apresentou. Ela defende (assim como eu também defendo) o tempo em que a criança tem para aprender determinadas coisas (exemplo: letra cursiva), e na rede pública os professores aparentam ter mais autonomia para trabalhar em sala de aula do que os professores da rede privada. 
      O tema alfabetização está interligado com o letramento, onde abrange inúmeros métodos de se  conseguir o sucesso com as séries iniciais, porém, de acordo com as interferências da instituição escolar, torna-se mas difícil de executá-los.


Thalyne Soares dos Santos
Estudante de Pedagogia - UERJ/FEBF

Apresentação da tal Universitária...

Bom...Primeiramente sejam bem-vindos ao meu blog!!
 Meu nome é Thalyne Soares dos Santos, tenho 21 anos. Sou estudante de pedagogia do 4º período na Universidade Uerj/Febf e atualmente professora de Educação Infantil. Sou uma pessoa completamente apaixonada pela minha profissão mesmo sendo uma profissão desvalorizada, pois gosto do que faço e acho gratificante o resultado do meu trabalho no fim do ano letivo com as crianças.
O objetivo deste blog será promover reflexões, pensamentos, curiosidades sobre as aulas da disciplina Escola como Espaço Político Pedagógico IV, que neste período irá ter como foco o espaço escolar e a prática pedagógica.
Espero que gostem das próximas postagens e que ajude-os a refletir sobre temas em que se tem muitas dúvidas no ambiente escolar.


Beijos!!